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3º Seminário Brasil Sem Amianto: Uma Abordagem de Vigilância em Saúde

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A histórica decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que proibiu o amianto em todo o território nacional, em novembro de 2017, inovando jurisprudências anteriores da Corte ao declarar o seu caráter erga omnes e vinculante para os poderes Executivo e Judiciário, constituiu indubitável marco jurídico. Porém, a solução efetiva para problemas relacionados por décadas de uso extensivo do amianto em nosso país, especialmente nas áreas da saúde e do meio ambiente, não virá automaticamente dessas decisões judiciais.

A solução deve, sim, partir de uma construção social com a participação efetiva de seus atores sociais. Essa é a motivação principal que justifica a realização do III Seminário Internacional do Amianto: Uma Abordagem de Vigilância em Saúde, que ocorrerá entre 4 e 6 de maio de 2022, na cidade de São Paulo. Mesmo tendo tido duas versões anteriores (I Seminário Internacional do Amianto: uma Abordagem Sociojurídica, ocorrido em 2016, e o II Seminário do Amianto: Uma Abordagem da Saúde do Trabalhador, em 2018), a Comissão Organizadora entendeu ser relevante voltar a discutir o tema, pois pendem na Justiça decisões importantes como uma possível modulação de efeitos, pleiteada pela indústria para dar sobrevida à exploração mineral, num modelo empresarial condenável de duplo-padrão ou dupla-moral, onde se exporta aquilo que não é mais aceito em uma sociedade consciente, terceirizando-se o risco, na divisão internacional do trabalho, além da vigente lei estadual de Goiás, sancionada em julho de 2019, que, embora flagrantemente inconstitucional, permite a exploração do mineral amianto para fins de exportação, contrariando e afrontando  decisão proferida pela Suprema Corte brasileira.

Um outro aspecto que os organizadores do evento entendem fundamental para esta terceira versão, adiada em dois anos por força da pandemia da COVID-19, se prende à necessidade de se estabelecerem os procedimentos e fluxos para o atendimento das vítimas do amianto de maneira clara, objetiva e organizada dentro do Sistema Único de Saúde (SUS), que ainda não possui critérios uniformes em todo o país, tanto para o diagnóstico, como nos encaminhamentos para tratamento e para o registro das doenças relacionadas ao amianto (DRA) nas bases de dados do DATASUS.

Por força das circunstâncias e da crise sanitária, que vive o planeta há mais de dois anos, o III Seminário Internacional do Amianto: Uma Abordagem de Vigilância em Saúde terá um formato híbrido, presencial somente para convidados e virtual para os demais interessados, que poderão se inscrever nas plataformas digitais informadas no ato da confirmação da inscrição, no website do evento, https://brasilsemamianto.com.br/, em virtude do limitado número de acessos que serão disponibilizados. Presencialmente participarão convidados, que só serão admitidos após comprovarem, através de certificado, o ciclo vacinal completo anti-Covid; isto é, as duas doses ou dose única e, no mínimo, uma dose de reforço.

A maior participação dos atores sociais nesta versão de 2022 se faz mister para sensibilizar as autoridades públicas, nos diversos níveis de atuação, sobre a necessidade cada vez mais premente da busca ativa dos expostos ao amianto, ocupacional e ambientalmente, pondo fim ao chamado silêncio epidemiológico abissal ainda presente em nosso país, que foi até recentemente um dos maiores produtores, exportadores e consumidores mundiais do mineral, reconhecidamente cancerígeno para os seres humanos.

Está mais do que na hora de se dar publicidade a esta infame história pós-Revolução Industrial e ligada ao mundo do trabalho, que foi denominada pelo senado francês como a “Catástrofe Sanitária do Século XX”, para que condições semelhantes não mais se repitam e para construirmos uma nova realidade, que assegure uma das principais conquistas de nossa Constituição Federal de 1988, que, em seu artigo 196, afirma que “a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”, garantindo o  cumprimento do princípio basilar da dignidade da pessoa humana, do direito à vida, que se constitui na validação das necessidades vitais de cada indivíduo, ou seja, um valor intrínseco como um todo, que é um dos fundamentos do Estado Democrático de Direito, nos termos do artigo 1º., inciso III de nossa Carta Magna.

 

PROGRAMAÇÃO

04/05/22 (quarta-feira)

 

8h30 – ABERTURA

HOMENAGEM PÓSTUMA à Drª. MARGARIDA MARIA SILVEIRA BARRETO – Jefferson Benedito Pires de Freitas (Departamento de Saúde Coletiva da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e Médico Assistente da Divisão de Pneumologia do InCor-HCFMUSP)

  • Arnaldo Correia de Medeiros – CGSAT /MS
  • Edison Flores Lima Filho – DIESAT
  • Eliezer João de Souza – ABREA
  • José Antonio Vieira – ANPT
  • José de Lima Ramos Pereira – MPT

9h30 – MESA: TESTEMUNHO DE FAMILIARES DE VÍTIMAS DO MESOTELIOMA

Coordenação: Arthur Pires Amaral (Universidade Federal de Goiás)

  • ABREA - Andrea Leandro (São Caetano do Sul)
  • ABREA - Bianca Necci (Rio de Janeiro)
  • ABREA - Fábio Goepfert (Osasco)
  • ABREA - Gizelia Vicentin (Osasco)
  • ABREA - Renata Zoudine (Osasco)
  • ABREA - Sandra Batista Bueno (Osasco)
  • ABREA – Suzimar Paula Fernandes Guilhermino (Ilha Comprida)

11h – MESA: VIGILÂNCIA PARTICIPATIVA x VIGILÂNCIA POPULAR - I

Coordenação: Eduardo Bonfim da Silva (DIESAT)

  • Agata Mazzeo (Itália) (on-line) – Universidade de Bolonha 
  • Carmen Lima (Portugal) – SOS Amianto
  • Eduardo Rodriguez (Argentina) – AGTSYP (Associação dos Trabalhadores do Metrô e PreMetro)
  • Linda Reinstein (Estados Unidos) – ADAO - Asbestos Disease Awareness Organization
  • Olga de Oliveira Rios – CGSAT/Ministério da Saúde/Brasília
  • Rogério de Jesus Santos – DIESAT

 

12h30 – ALMOÇO

 

14h – MESA: VIGILÂNCIA PARTICIPATIVA x VIGILÂNCIA POPULAR - II

Coordenação: Márcia Cristina Kamei López Aliaga (MPT)

  • Claudia de Oliveira D’Arêde – ABEA/BA
  • Fernanda Giannasi – ABREA/SP
  • Henrique Silveira – Hospital do Câncer de Barretos
  • Maria Juliana Moura Corrêa – ABREA/RS
  • Vanda D’Acri – ABREA/RJ

15H30 – INTERVALO

 

15h50 – MESA: AVANÇOS DA MEDICINA NO RASTREAMENTO, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DO CÂNCER  RELACIONADO AO AMIANTO NO BRASIL

Coordenação: Dr. Gustavo Faibischew Prado (InCor-HCFMUSP e do Hospital Alemão Oswaldo Cruz)

  • Eduardo Algranti – Fundacentro
  • Fabiana Lima Vazquez – Hospital Do Câncer De Barretos
  • Ricardo Mingarini – Terra Instituto Do Câncer De São Paulo (ICESP) e FMUSP
  • Vladmir Cláudio Cordeiro de Lima – Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica/SBOC

17H15CONFERÊNCIA: MODELO DE VILÂNCIA EM SAÚDE DOS EXPOSTOS AO AMIANTO OCUPACIONAL E AMBIENTALMENTE EM MINERAÇÃO CONTAMINADA POR ANFIBÓLIOS: A EXPERIÊNCIA DO CARD – CENTRO DE DOENÇAS RELACIONADAS AO AMIANTO DE LIBBY (MONTANA)

  • Dr. Brad Black (Estados Unidos) (on-line) – Diretor Médico Aposentado e Consultor Médico e de Pesquisa Sênior do CARD

18:00 - ENCERRAMENTO

 

05/05/21 (quinta-feira)

 

9h – MESA: COMO SE ORGANIZA A CONDUÇÃO DA ATENÇÃO À SAÚDE E LINHAS DE   CUIDADO E A PARTICIPAÇÃO SOCIAL DE TRABALHADORES E TRABALHADORAS E DAS VÍTIMAS DO AMIANTO

Coordenação: Eduardo Algranti (FUNDACENTRO)

  • Ana Patrícia de Paula – MS 
  • Eduardo Mello de Capitani - UNICAMP
  • Jacildo de Siqueira Pinho – CNS/CISTT
  • Letícia Coelho da Costa Nobre – SES/CESAB Bahia
  • Ubiratan de Paula Santos – InCor - HCFMUSP
  • Patrícia Canto Ribeiro - FIOCRUZ
  • Simone Alves dos Santos – DVST/ CVS/ SES/ São Paulo

12H30 – ALMOÇO

 

14h – MESA: ATUAÇÃO JUDICIAL NO COMBATE AO AMIANTO

Coordenação: Luciano Lima Leivas (MPT)

  • Bruno Martins Mano Teixeira – MPT
  • Carolina Marzola Hirata - MPT
  • Diego Catelan Sanches Barbosa (on-line) – MPT
  • Gustavo Teixeira Ramos – ABREA/ANPT
  • Roberto D’Oliveira Vieira – MPF

15h30 – INTERVALO

 

15H50 – MESA: ESTRATÉGIAS DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE DOS EXPOSTOS AO AMIANTO: SISTEMAS DE REGISTRO

Coordenação: Eduardo Mello de Capitani (UNICAMP)

  • Flávia Ferreira de Souza – CGSAT/ Ministério da Saúde
  • Paul Demers – CAREX Canada – Universidade de Toronto
  • Regina Dal Castel Pinheiro – DATATOX Amianto- SES/Santa Catarina
  • Rosemairy Norye Inamine – DATATOX Amianto – SES/ São Paulo

17h15 - CONFERÊNCIA: A EXPERIÊNCIA INTERNACIONAL E UM OLHAR SOBRE AS AÇÕES NO BRASIL PARA ERRADICAÇÃO DO AMIANTO E A ATENÇÃO À SAÚDE DOS EXPOSTOS

Coordenação: Ubiratan de Paula Santos (InCor-HCFMUSP)

  • Arthur L. Frank (Estados Unidos) - Escola de Saúde Pública Dornsife da Universidade Drexel - Filadélfia

  18h00 – ENCERRAMENTO E COQUETEL

 

06/05/21 (sexta-feira)

8h30 – OFICINA:  VIGILÂNCIA EM SAÚDE DOS EXPOSTOS AO AMIANTO: COMO ATENDER AS DEMANDAS / O QUE SE PODE E SE DEVE FAZER? COMO SE DÁ A RELAÇÃO ESTADO X PARTICIPAÇÃO/CONTROLE SOCIAL?

Coordenação: Flávia Ferreira de Souza (CGSAT/Ministério da Saúde/Brasília), Simone Alves dos Santos (DVST/CVS/SES/São Paulo) e Hermano Albuquerque de Castro (CESTEH/FIOCRUZ/Rio de Janeiro)

Com a participação das seguintes associações de vítimas do amianto:

  • ABEA Bahia (Simões Filho)
  • ABREA Paraná (Londrina)
  • ABREA Rio de Janeiro
  • ABREA Rio Grande do Sul 
  • ABREA SP (Osasco)
  • ABREA SP (São Caetano do Sul)
  • ACEA (Capivari/SP)
  • APREA Paraná (Curitiba)
  • AVICAFE (Bom Jesus da Serra)

        11:45 – CONFERÊNCIA: IMPACTO DA EXPOSIÇÃO AO AMIANTO NAS DOENÇAS RELACIONADAS AO AMIANTO (DRA): A EXPERIÊNCIA DO CANADÁ

        Coordenação: Jefferson Benedito Pires de Freitas (Departamento de Saúde Coletiva da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e Médico Assistente da Divisão de Pneumologia do InCor-HCFMUSP)

  • Palestrante: Dr. Paul Demers (Canadá) – Universidade de Toronto

 

12h30 – ENCERRAMENTO DO EVENTO – MPT, DIESAT e ABREA

 

14: 00 – REUNIÃO PARA CONVIDADOS SOBRE O CAREX (MPT, MS, OPAS, FIOCRUZ)

Coordenação: Hermano Albuquerque de Castro (CESTEH/FIOCRUZ/Rio de Janeiro)

 

17:00 ENCERRAMENTO

IV Encontro das Vítimas do Amianto

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PROGRAMAÇÃO

• DIA 6/5/2022- 19:00 HORAS - RECEPÇÃO DE BOAS VINDAS

CLUBE FLORESTA DE OSASCO - R. Dona Primitiva Vianco, 405 - Centro, Osasco

• DIA 7/5/2022- CLUBE DOS SARGENTOS - Av. Luís Rink, 187 - Vila São José, Osasco

8h – CHEGADA E CREDENCIAMENTO

8:30 – ABERTURA - instituições organizadoras

• MPT - (Bruno Teixeira, Marcia Kamei López Aliaga e Luciano Lima Leivas)
• ABREA - Eliezer João de Souza (Presidente da ABREA)
• DIESAT - Edison Flores Lima Filho (Presidente do DIESAT)
• Convidados

9h – MESA INTERNACIONAL E HOMENAGENS

10h – COFFEE-BREAK

10h30 – AÇÕES COLETIVAS EM CURSO –PROCURADORES DO MPT

11h – AÇÕES INDIVIDUAIS - ADVOGADOS DAS VÍTIMAS

12h – ALMOÇO

13h30 – APRESENTAÇÕES DAS ASSOCIAÇÕES

15h – OFICINAS DE FORMAÇÃO NOS ESTADOS – DIESAT

15h20 – TRABALHOS EM GRUPOS

16h20 – COFFEE-BREAK

16h45 – APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS EAPROVAÇÃO DE PROPOSTAS E CARTA DE OSASCO

17h30/18h00 – ENCERRAMENTO E FOTOS

• DIA 8/5/2022- 10:00 HORAS - INAUGURAÇÃO SIMBÓLICA DO MEMORIAL DAS VÍTIMAS DO AMIANTO NA PRAÇA MARIO BURATTI - OSASCO

 

MP assegura pagamento prioritário para contaminados por amianto na Bahia

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MP assegura pagamento prioritário para contaminados por amianto na 49 pessoas que foram contaminadas por amianto conquistaram o direito de receber pagamento prioritário de cerca de R$ 8,9 milhões em indenização da mineradora Sama, responsável por uma mina localizada em Bom Jesus da Serra, no sudoeste baiano. A decisão do pagamento veio através de um pedido ajuizado pelo Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público do Estado da Bahia (MP/BA) no Tribunal de Justiça de São Paulo, que acompanha o processo de recuperação judicial da empresa.

Saiba mais na íntegra

 https://www.bahianoticias.com.br/noticia/267668-mp-assegura-pagamento-prioritario-para-contaminados-por-amianto-na-bahia.html

 

OMS inaugura nova sede moderna enquanto antigo prédio emblemático é reformado

Por Stephanie Nebehay

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GENEBRA (Reuters) – A Organização Mundial da Saúde (OMS), que está liderando a luta contra a pandemia de Covid-19, transferiu suas operações a um novo edifício enquanto sua estrutura dos anos 1960 é reformada e saneada devido à presença de amianto.

A agência da Organização das Nações Unidas (ONU) realizou sua primeira coletiva de imprensa presencial desde julho de 2020 na segunda-feira. Jornalistas foram conduzidos pelas novas dependências elegantes através de uma passagem de ligação e uma cafeteria em espaço aberto até o salão de conferências de última geração.

“A última vez que recebemos vocês, em julho do ano passado, nenhum de nós poderia ter imaginado que, quase 18 meses depois, ainda estaríamos nas garras da pandemia”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, aos repórteres.

Jean Tschumi, um arquiteto suíço renomado que projetou o prédio original de 1966 com sua fachada de vidro e seus visores solares de alumínio, também criou a sede premiada da Nestlé em Vevey, nas margens do Lago Geneva.

As duas estruturas são consideradas tesouros do modernismo.

Seu filho e também arquiteto, Bernard Tschumi, integrou o júri que escolheu o projeto da sede ampliada da OMS.

“Nossas caminhadas de domingo de manhã foram nos canteiros de obras”, disse ele ao jornal Le Temps de Genebra.

Questões de segurança relevantes, como riscos de incêndio, foram identificadas no prédio principal, informou o site da OMS.

“As medidas de precaução apropriadas serão adotadas para conter e remover qualquer amianto (ou outro material danoso) de acordo com códigos locais de construção e com a legislação de saúde e segurança”.

Em um comunicado à Reuters, a OMS disse que a quantidade exata de materiais contendo amianto dentro do prédio principal não será conhecida até a reforma ser concluída em outubro de 2024.

A exposição à substância causa câncer de pulmão, laringe e ovários.

Link original da matéria da Reuters:

OMS inaugura nova sede moderna enquanto antigo prédio emblemático é reformado - 6 Minutos

Eternit: Fabricante de telhas tenta desapegar do amianto

Por Gustavo Ferreira, Valor Investe

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Com a palavra... Eternit: Fabricante de telhas tenta desapegar do amianto

Companhia começa a virar a página da recuperação judicial e tenta se desvencilhar dos problemas trazidos pelo uso do produto cancerígeno, banido de dezenas de países, incluindo o Brasil

Se você nunca ouviu falar da Eternit, fundada em 1940, do amianto é bem possível que sim. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer, a depender do tipo de contato que se tem com o produto, o material usado durante décadas pela fabricante de telhas pode causar, entre outras doenças, câncer de laringe, do trato digestivo, de ovário, espessamento na pleura e diafragma, derrames pleurais, placas pleurais e severos distúrbios respiratórios.

Não por acaso, a companhia precisou largar mão da matéria-prima para sobreviver. A decisão de veio pouco antes de o Supremo Tribunal Federal (STF), em 2017, colocar o Brasil dentro das dezenas de países que baniram seu uso. Em entrevista à serie "Com a palavra...", o presidente da Eternit, Luís Augusto Barbosa, além de falar dos bons recentes números da empresa, minimizou o perigo potencial trazido pelo amianto. Admite que seu uso trazia problemas à saúde de trabalhadores, mas apenas enquanto se desconhecia os riscos. "Desde que se conheceu a doença, o que a indústria fez foi proteger os equipamentos todos, e essa situação passou a ser controlada. Como com tantas outras substâncias perigosas que a indústria usa no dia a dia, como soda cáustica e benzeno", diz. "Houve toda uma comoção por causa de casos [de mortes] na Europa e nos Estados Unidos, e há uma rejeição do mercado [ao amianto]. Nossa decisão de deixar de usar foi muito mais baseada nessa rejeição do que por razões técnicas."

(Veja na íntegra a entrevista)

https://valorinveste.globo.com/mercados/renda-variavel/empresas/noticia/2022/01/10/com-a-palavra-eternit-fabricante-de-telhas-tenta-desapegar-do-amianto.ghtml

Johnson&Johnson pressionada por acionistas a suspender vendas de pó de talco em todo o mundo

Por Observador

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Depois de ter sido revelado que o seu famoso pó talco poderia conter amianto, agora a farmacêutica é pressionada a retirar o produto do mercado. Em 2020, as vendas foram suspensas nos EUA e no Canadá.

A Johnson & Johnson (J&J) pode vir a suspender as vendas do seu pó de talco no mundo inteiro, depois de uma investigação ter revelado, em 2018, que o produto poderia ter ligações a casos de cancro.

Para além das vendas do pó de talco terem começado a cair depois de investigadores terem detetado amianto numa amostra, a farmacêutica enfrenta agora mais de 34 mil processos judiciais. Fazem parte destes mulheres que afirmam ter desenvolvido cancro dos ovários após a utilização do produto, escreve o The Guardian.

 

O voto de suspender em todo o mundo o pó de talco foi proposto pela Tulipshare, uma plataforma de investimento, sediada em Londres, que visa “promover mudanças éticas”. A proposta foi submetida ao Comité de Títulos e Câmbios dos EUA (SEC) para considerar se é elegível antes da reunião anual da J&J, prevista para Abril.

A J&J nega veementemente que o seu pó de talco seja nocivo e afirma que só suspendeu o produto nos Estados Unidos e no Canadá, em 2020, após uma queda nas vendas “alimentada por desinformação em torno da segurança do produto”.

“Estamos por detrás das substâncias que usamos nos nossos produtos, e a Johnson & Johnson dispõe de um padrão de testes rigorosos para garantir que o nosso talco cosmético é seguro”, afirma um porta-voz, acrescentando que não existe uma fundamentação científica válida para as suspeitas.

 

Os advogados da J&J escreveram à SEC pedindo-lhe que excluísse a resolução dos acionistas como inelegível porque afetaria processos judiciais pendentes em tribunais estaduais e federais nos EUA e noutros países, incluindo “milhares de alegações de danos pessoais alegando que o talco causa cancro”.

A J&J já gastou milhões em acordos e indemnizações. Em outubro de 2016, Deborah Giannecchini recebeu 70 milhões de dólares [50,7 milhões de euros]. No ano passado, também passou as responsabilidades para uma empresa separada, que acabou por abrir falência.

 

Ian Lavery, político do Partido Trabalhista britânico, congratulopu-se com a proposta de voto dos acionistas. “É chocante como é que produtos que podem causar doenças graves, devido à presença de amianto, ainda estejam disponíveis para compra no Reino Unido, ou em qualquer outro lugar do mundo”, disse.

(Link original da matéria)

https://observador.pt/2022/02/07/johnsonjohnson-pressionada-por-acionistas-a-suspender-vendas-de-po-de-talco-em-todo-o-mundo/

Amianto é toxico? Conheça esse mineral e como se proteger ao usá-lo

Por Folha Go

 

O Amianto é toxico? Vamos te contar tudo sobre isso e também vamos ensinar como se proteger dele!

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Será mesmo que  o amianto é tóxico? Entenda

Pois bem, o amianto é tóxico e faz parte de um grupo de minerais composto de fibras microscópicas e que foram amplamente utilizadas em vários materiais de construção. Dentre os quais, especialmente em telhados, pisos e isolamento de casas.

 

Entretanto, nos últimos anos, descobriu-se que essas fibras podem ser facilmente liberadas no ar conforme desgaste dos materiais. E isso faz com que elas sejam aspiradas ao respirar. Logo, elas podem causar pequenas lesões nos pulmões. Nesse sentido, aumentam o risco de doenças respiratórias graves ao longo do tempo.

Onde tem amianto?

Fique atento caso você more ou frequente lugares que tenha esse mineral. É bem comum encontrá-lo em sítios, chácaras e locais afins.

Por outro lado, os materiais feitos de amianto tem sido excluídos da construção, estando presentes apenas em edifícios antigos, atualmente. De acordo com a lei, estes materiais devem ser completamente substituídos, especialmente em locais públicos, como escolas e hospitais, por exemplo.

Logo, sabendo que o amianto é tóxico, algumas das doenças mais comuns em pessoas expostas à ele incluem: Asbestose, Câncer de pulmão e Mesotelioma.

Possíveis sintomas: amianto é tóxico, fuja dele

 

Caso você trabalhe em algum local que precise ter contanto, lembre-se que amianto é tóxico e redobre a atenção. Assim, saiba dos sintomas mais comuns em pessoas com exposição prolongada, que geralmente incluem:

  • Tosse seca persistente;
  • Rouquidão;
  • Dores constantes no peito;
  • Dificuldade para respirar;
  • Constante sensação de cansaço.

Estes sintomas podem variar de acordo com a forma como as fibras de amianto afetam o pulmão, e geralmente levam até 20 ou 30 anos para aparecer após a exposição ao material.

Enfim,  como se proteger?

Tendo em vista que o amianto é tóxico, a melhor maneira de se proteger seria evitar o contato com esse tipo de material. Assim, há a necessidade de troca constante desse material, vez que amianto é tóxico.

Entretanto, outras medidas de proteção incluem:

  • Usar uma máscara de proteção em locais com amianto, especialmente em edifícios antigos e dilapidados;
  • Remover as roupas usadas em locais com amianto antes de sair para o exterior;
  • Fazer a manutenção de materiais com amianto que não foram substituídos.

Além disso, como as complicações da exposição ao material levam tempo para se desenvolver, as pessoas com alto risco de exposição devem ter exames médicos regulares para avaliar a saúde pulmonar.

 

(Link original da matéria)

https://folhago.com.br/blogs/my-pet/agropecuaria/amianto-e-toxico-conheca-esse-mineral-e-como-se-proteger-ao-usa-lo/38153/

No Dia Internacional da Mulher, procuradora é homenageada por luta contra o amianto

Por Ministério Público do Trabalho

 

Márcia Kamei, procuradora regional do Trabalho, teve sua atuação contra a substância elogiada em texto assinado por cinco instituições, entre elas a Abrea

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Brasília – A luta das mulheres contra o amianto e em favor do direito à saúde foi lembrado neste 8 de março, Dia Internacional da Mulher. Um texto assinado pela Associação Brasileira dos Expostos ao Amianto (Abrea) e por mais quatro instituições internacionais presta homenagem ao trabalho de mulheres na luta pelo banimento do amianto, substância nociva à saúde humana, inclusive na condição de trabalhadores. Entre as homenageadas, está a procuradora regional do Trabalho Márcia Kamei, que esteve à frente do Programa Nacional de Banimento do Amianto do Ministério Público do Trabalho (MPT).

No texto, a cofundadora da Abrea destacou a importância da atuação de Kamei. “A Abrea teve o orgulho de indicar Marcia Kamei Lopez Aliaga para esta homenagem. Sua persistência, inteligência e empatia romperam barreiras burocráticas e superaram obstáculos judiciais que impediam que a justiça fosse feita. Enquanto gerente do Programa Nacional de Proibição do Amianto do MPT, Márcia tornou a proibição do amianto uma prioridade, apresentando ações legais contra várias empresas por exporem negligentemente os trabalhadores ao amianto. As multas aplicadas após as condenações foram usadas em campanhas para apoiar os afetados pelo amianto e aumentar a conscientização sobre o amianto. Márcia, nós te saudamos”, destaca o documento.

Atualmente coordenadora nacional de Defesa do Meio Ambiente do Trabalho, Márcia Kamei agradeceu a referência e destacou a importância da atuação das entidades signatárias e da participação das mulheres na luta contra o amianto. “Nesse caminho nos deparamos com mulheres maravilhosas, viúvas, mães, irmãs, filhas, professoras, médicas, profissionais de saúde e do Sistema de Justiça, auditoras fiscais, que tiveram a sabedoria e sensibilidade de transformar dor em luta e no dever de levar informação e conscientização sobre os perigos do amianto para toda a sociedade.  Registro, assim, a minha admiração pelo trabalho incansável e relevante que essas grandes mulheres realizam nessa importante associação, em prol da saúde dos trabalhadores e das trabalhadoras e para transformar em realidade os princípios da almejada Justiça Ambiental para todos e todas”. Desde de 2017, o uso do amianto é proibido no Brasil, por força de decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

Outras cinco mulheres também foram homenageadas pelo combate ao amianto: a especialista em medicina ocupacional Anna Suraya (Indonésia); a pesquisadora Asli Odman (Turquia); a médica oncologista Federica Grosso (Itália); a ativista Joanne Gordon (Reino Unido); e a ativista Melita Markey (Austrália).

 

(Link original da matéria)

https://mpt.mp.br/pgt/noticias/no-dia-internacional-da-mulher-procuradora-e-homenageada-por-luta-contra-o-amianto