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Na Bahia, o amianto do tipo anfibólio foi explorado de 1949 a 1971, no então distrito de Bom Jesus. Os trabalhadores não usavam equipamentos de proteção e ficavam expostos ao material. Os rejeitos da mina, altamente tóxicos, foram utilizados pela população na construção de casas e estradas. Com a descoberta de uma mina de maior potencial em Goiás, a atividade na Bahia foi encerrada sem qualquer cuidado, com cavas abertas e sem impedimento de acesso.

Desde 2009, com o surgimento dos primeiros sintomas de doenças associadas à exposição ao amianto na região de Bom Jesus, o Ministério Público Federal (MPF), o Ministério Público Trabalho (MPT) e o Ministério Público Estadual da Bahia atuam para defender a saúde das pessoas e o meio ambiente. O trabalho rendeu alguns frutos, como a condenação das empresas ao pagamento de mais de R$ 500 milhões em indenizações. Mais de 60 pessoas com alterações de saúde decorrentes da exposição ao amianto já foram identificadas. No entanto, estima-se que esse número seja muito maior.