RIO — Vencedora do Prêmio Faz Diferença na categoria Economia, na PUBLICIDADE noite desta quarta-feira, Fernanda Giannasi agradeceu ao GLOBO pelas coberturas sobre o amianto, contra o qual ela lutou ao longo de décadas. O amianto foi banido do país no ano passado, após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).
— Eu quero agradecer à editoria de economia do Globo que, com imparcialidade, deu grande espaço ao debate do amianto no Brasil.
Fernanda Giannasi recebe o prêmio na categoria Economia, ao lado da editora-executiva Flávia Barbosa e da editora de Economia, Luciana Rodrigues - Pablo Jacob / Agência O Globo
Ativista é vencedora na categoria Economia.
RIO — Vencedora do Prêmio Faz Diferença na categoria Economia, na PUBLICIDADE noite desta quarta-feira, Fernanda Giannasi agradeceu ao GLOBO pelas coberturas sobre o amianto, contra o qual ela lutou ao longo de décadas. O amianto foi banido do país no ano passado, após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).
— Eu quero agradecer à editoria de economia do Globo que, com imparcialidade, deu grande espaço ao debate do amianto no Brasil dos atores sociais estão aqui hoje. São amigos que acompanham essa luta, são militantes, são vítimas do amianto. Inclusive parlamentares, como o deputado (estadual, Carlos) Minc, autor da lei do Estado do Rio sobre o amianto e que foi fundamental na decisão do Supremo Tribunal Federal — disse Fernanda, que recebeu o prêmio das mãos da editora executiva Flávia Barbosa e da editora de Economia, Luciana Rodrigues.
Ao fim do discurso, a ativista fez um apelo aos ministros do STF para que a corte mantenha sua decisão:
— Por último, faço aqui um apelo. Em nome das vítimas do cancerígeno amianto, banido em mais de 60 países, para que o STF não flexibilize nem retroceda em sua decisão histórica de 30 de novembro de 2017, que baniu total e definitivamente, a fibra cancerígena, a catástrofe sanitária do século XX, do Brasil.
LUTA HISTÓRICA CONTRA O AMIANTO
Minutos antes da cerimônia de entrega dos troféus, no Copacabana Palace, a ativista afirmou que o prêmio representa o reconhecimento de sua longa luta contra a indústria do amianto.
— Fiquei muito emocionada já com a indicação e, depois, quando recebi a notícia em um momento difícil, com uma filha no hospital. Além de estar lisonjeada, o prêmio mostrou que a luta do amianto foi reconhecida — afirmou Fernanda. — O GLOBO, de maneira imparcial, sempre acompanhou esse debate nos momentos mais difíceis.
Auditora fiscal do trabalho, Fernanda dedicou sua carreira ao banimento do produto no Brasil. Ela ajudou no fortalecimento da Associação Brasileira dos Expostos ao Amianto, que reúne as vítimas de doenças provocadas pela fibra, orientou advogados em suas ações para conseguir indenizações aos trabalhadores, ajudou na formulação da lei que proibiu o amianto em São Paulo e em outros locais e pressionou procuradores e juízes do trabalho a entrarem com a ação civil pública que pediu a inconstitucionalidade da lei que permitia o uso no Brasil.
Em 2017, decisão do STF proibiu a extração ou comercialização do produto no país.
— Esse prêmio é muito importante para que o STF entenda o clamor da sociedade brasileira.
Segundo ela, uma liminar da ministra Rosa Weber, às vésperas do recesso, permitiu que o Estado de Goiás continue exportando amianto até que os embargos sejam julgados.
Em sua 15ª edição, o Prêmio Faz Diferença é uma iniciativa do GLOBO em parceria com a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) e presta uma homenagem aos brasileiros, que, nas mais diversas áreas de atuação, serviram de inspiração para o país e o mundo em 2017. Foram três indicados em cada uma das 16 categorias. Os vencedores foram escolhidos pelos votos de jornalistas do GLOBO, de dirigentes da Firjan, dos ganhadores do ano passado e do público.
Fonte: O GLOBO