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Por Ministério Público do Trabalho

 

Márcia Kamei, procuradora regional do Trabalho, teve sua atuação contra a substância elogiada em texto assinado por cinco instituições, entre elas a Abrea

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Brasília – A luta das mulheres contra o amianto e em favor do direito à saúde foi lembrado neste 8 de março, Dia Internacional da Mulher. Um texto assinado pela Associação Brasileira dos Expostos ao Amianto (Abrea) e por mais quatro instituições internacionais presta homenagem ao trabalho de mulheres na luta pelo banimento do amianto, substância nociva à saúde humana, inclusive na condição de trabalhadores. Entre as homenageadas, está a procuradora regional do Trabalho Márcia Kamei, que esteve à frente do Programa Nacional de Banimento do Amianto do Ministério Público do Trabalho (MPT).

No texto, a cofundadora da Abrea destacou a importância da atuação de Kamei. “A Abrea teve o orgulho de indicar Marcia Kamei Lopez Aliaga para esta homenagem. Sua persistência, inteligência e empatia romperam barreiras burocráticas e superaram obstáculos judiciais que impediam que a justiça fosse feita. Enquanto gerente do Programa Nacional de Proibição do Amianto do MPT, Márcia tornou a proibição do amianto uma prioridade, apresentando ações legais contra várias empresas por exporem negligentemente os trabalhadores ao amianto. As multas aplicadas após as condenações foram usadas em campanhas para apoiar os afetados pelo amianto e aumentar a conscientização sobre o amianto. Márcia, nós te saudamos”, destaca o documento.

Atualmente coordenadora nacional de Defesa do Meio Ambiente do Trabalho, Márcia Kamei agradeceu a referência e destacou a importância da atuação das entidades signatárias e da participação das mulheres na luta contra o amianto. “Nesse caminho nos deparamos com mulheres maravilhosas, viúvas, mães, irmãs, filhas, professoras, médicas, profissionais de saúde e do Sistema de Justiça, auditoras fiscais, que tiveram a sabedoria e sensibilidade de transformar dor em luta e no dever de levar informação e conscientização sobre os perigos do amianto para toda a sociedade.  Registro, assim, a minha admiração pelo trabalho incansável e relevante que essas grandes mulheres realizam nessa importante associação, em prol da saúde dos trabalhadores e das trabalhadoras e para transformar em realidade os princípios da almejada Justiça Ambiental para todos e todas”. Desde de 2017, o uso do amianto é proibido no Brasil, por força de decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

Outras cinco mulheres também foram homenageadas pelo combate ao amianto: a especialista em medicina ocupacional Anna Suraya (Indonésia); a pesquisadora Asli Odman (Turquia); a médica oncologista Federica Grosso (Itália); a ativista Joanne Gordon (Reino Unido); e a ativista Melita Markey (Austrália).

 

(Link original da matéria)

https://mpt.mp.br/pgt/noticias/no-dia-internacional-da-mulher-procuradora-e-homenageada-por-luta-contra-o-amianto